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Pedidos de indenizações por perdas no Sul já somam R$ 3,88 bilhões, segundo CNseg

A expectativa de indenizações solicitadas pelos segurados com as perdas no Rio Grande do Sul é de R$ 3,88 bilhões considerando-se 48,8 mil pedidos, segundo o levantamento feito até o dia 23 de maio, informou Dyogo de Oliveira, presidente da CNseg, a confederação das seguradoras, durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta quarta-feira. O valor avançou 132% diante dos R$ 1,67 bilhão divulgados no relatório anterior, que considerava avisados até o dia 18 de junho. A expectativa do executivo é de que os números ainda vão aumentar, inclusive porque voltou a chover no Sul, agravando ainda mais o trabalho das seguradoras na região.


Entre os segmentos, dois passaram da casa do milhão para bilhão. O seguro de grandes riscos passou a ser o maior em volume, com pedidos já avisados de R$ 1,3 bilhão, superando o automóvel, que na primeira edição liderou com R$ 557,4 milhões e agora chegou a R$ 1,27 bilhão. Oliveira destacou o seguro rural, que passou de indenizações estimadas em R$ 47 milhões para R$ 181 milhões no levantamento mais recente.


Em auto, as seguradoras reportaram ao levantamento da CNseg 19 mil pedidos de indenizações. “A maioria dos carros recolhidos das inundações do Sul, boa parte em estacionamentos, tem boa perspectiva de serem “salvos”, pois a parte estrutural do veículo está em bom estado”, comentou Oliveira, com base no que tem conversado com as associadas.


Em residências, os pedidos somam 22,6 mil, com valor estimado em R$ 524 milhões.


Apenas os seguros habitacionais (atrelados aos financiamentos do SFH) têm a cobertura de danos por água e desmoronamento de forma automática, sendo que nos seguros residenciais facultativos, estas garantias raramente são contratadas.


A projeção de crescimento do setor de seguro ainda não foi revisada, mesmo já se tendo a convicção de que este ano certamente será o de maior impacto em volume de indenizações da história. “No longo prazo esta tragédia tem um efeito positivo no aumento da demanda. Por isso ainda não revisamos as projeções de crescimento”, afirmou.


Oliveira ressaltou a importância da união de todos na busca de soluções frente às mudanças climáticas, uma pauta em todo o mundo e em diversas indústrias. “Este evento do RS é um grande alerta aos governantes, pois, as mudanças climáticas têm causado perdas pesadas para a infraestrutura e os governos têm dificuldades para restaurar os danos estruturais diante do volume financeiro do prejuízo econômico e impactos que causam em diversas frentes, inclusive no PIB”, comentou.


Oliveira afirmou que há um clima otimista no meio político para o debate da criação do seguro catástrofe. “Tivemos um evento em Brasília semana passada e percebermos que o tema ganhou relevância”, citou.


O presidente da CNseg disse que o setor de seguros tem reservas e contratos de resseguro para absorver o volume de indenizações requerido. “São volumes perfeitamente cobertos pelas capacidades das seguradoras brasileiras, que, além das reservas técnicas, contam com ativos próprios e com os sistemas de resseguros nacional e internacional”, afirmou.


Fonte: Sonho Seguro